Não
preciso de muito dinheiro, mas a paz pode ser cara, a minha cara cansada de
tanto esquentar miolos com letras-ideias e páginas de jornais. Não tenho muita
escolha. Há o passo cadafalso beira precipício. E há a vida vigia que não dá
segundas chances de perfeitas histórias da revista. Mas cansa. Há uma dança de
preocupações cotidianas, e de fato agora vejo o quanto não há espaço neste
apartamento para as minhas visões. O problema é que preciso de visões. Tirar do
ar o vírus que dá a vacina. Lá em cima do piano havia um copo de veneno – secou
esperando eu desistir da ciência-letra ponte de precipício, da corda solta na
coragem de caminhar. Difícil não é escrever. Difícil é colher fatos e flores no
jardim seco das obrigações.
CRiga.
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