segunda-feira, 19 de junho de 2017

Deram-se as mãos num sonho

Caminhava sem destino certo
silabando, calcanhares em brilho.
Quando quebrou o salto.

Manco, margeava palavras
não havia então guias rebaixadas
a calçada era aquela esburacada
sem espaço sem chance
a quem não é perfeito.

Parou cansado apoiado a uma árvore.
Por que tanto doem os calcanhares?
Por que tão ofegante sem as sílabas?
Por que então a rua virou ladeira?

A ele só restou o desejo
o beijo na boca,
e que o prefeito desse um jeito
naquela cidade tão bonita
que Caetano cantou um dia.


CRiga.


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