sexta-feira, 26 de fevereiro de 2016

Alguém me livre!

Como muitos, aliás, nos comércios da vida, tem um ridículo de pensamento fraco que todo dia bota pra fora de sua lojinha de roupa uma caixa de som ligado quase no último volume, tocando música religiosa pra “atrair” clientela.

Quer impor sua crença, como se todos devessem aceitar a barulheira por se tratar de música religiosa – portanto, seria “pecado” condenar a atitude. E fraco de pensamento, empobrecedor, porque a atitude beira ao fanatismo lunático e alienado. Não há problema em crer, o problema é querer enfiar à força sua crença na cara e nos ouvidos das pessoas, feito estandarte, como se fosse normal todos quererem aceitar porque se trata de “Jesus”.

Covardia, golpe baixo – é quase a mesma coisa que dizer a um correligionário: “irmão, venha comprar na minha loja, em nome de Jesus”. É o famoso dízimo, só que em vez de pedacinho do céu, leva uma peça de roupa de qualidade duvidosa.

Sem contar, é claro, a elementar falta de educação. E ainda sem entrar no mérito da qualidade (?) da música – todas, sofríveis, repetitivas, cansativas.

E antes que você queira orar por mim, na sua infinita benevolência, paciência, sabedoria e perfeição pelo que virou moda chamar-se “intolerância”, não quero nem preciso desse teu perdão, ou de qualquer outro perdão, inclusive o “Dele”. Não perca seu tempo: prefiro arder no meu inferno pessoal. Pelo menos ele não força barras, não é mal educado e não engana ninguém, inclusive a si mesmo.

CRiga.



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