Pleno sol de
primavera
E um sorriso
do verão.
Preciso mesmo
é de um dia de chuva grossa
O som das gotas
contra a janela.
Cama. Calma. Um
sono que vem e vai, silêncio.
Meia luz. Sem
culpa.
O dia as
pessoas nem nada vão parar
Para você
passar com sua tristeza disfarçada
Sua alma
pesada, sua vista cansada.
Com tanto a se
fazer o precipício soletra
O nada,
poeticamente
Pateticamente.
E eu não
posso pular. Não quero pular.
A pele denuncia
a bigorna sobre os órgãos
Fervilhando pequenos
vulcões em cordilheiras.
As unhas
acendem as lavas às vezes vermelhas
E o coração
silencia em letárgico descompasso.
Pleno sol de
alma daltônica e afônica.
E um sorriso
sem graça que provoca afta.
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