Se apega aos
míseros vícios,
monstros.
Falta missão,
falta amor,
há muita culpa.
O hálito do
anjo negro beija sua face,
feito brisa acalanto
à madrugada fervente.
De tempos em
tempos ele vem,
se mostra, lembra
que amor ainda há
e pede calma
ao claudicante.
Mas quando o sol
começa a nascer,
ele dá adeus
com o resto de luz do espírito.
E some,
enquanto a procura louca
chora a
lágrima da saudade imemorial.
“Adeus,
meu amor, até mais, até o próximo vento de janelas abertas. Até o teto azul
finalmente nos soltar, e cairmos ex-penduricalhos, mas de pé, sem mais
necessidade de polimento e de desencontros. Apenas nós, um encontro marcado,
sem segredos, e uma casa com penduricalhos de anjinhos à porta. E aquele doce
barulhinho à leve brisa, na varanda, aos finais das tardes que finalmente serão
nossas.” *
Não é fácil
encarar a ausência do amor.
O fogo quase
morto, o caminho torto.
A salvação é
uma dúvida,
respostas
nunca estarão nas igrejas.
Os erros
perseguem.
Acertos são
cicatrizes
que ainda farão
sangrar...
CRiga.
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