Há uma
solidãozinha que cutuca o peito, sabe...
Um amargorzinho
de folha em branco,
um medinho
de não sei o quê.
Dorzinha
fria que nem ponta de faca cega.
Uma sensaçãozinha
de abstinência, frio na espinha
no meio da
tarde de verão.
Bola murchinha
murchinha,
moleques gritam
as férias na quadra.
Palavrinhas
à brisa morna, vão-se embora
me deixam
sozinho, escória.
Agorinha eu
tinha onde me escorar
ainda tenho
onde morar, uma casinha
um sonho,
uma cidadezinha.
Putinha essa
sensação de nada
nadinha
nadinha...
Criga.
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