Houvesse uma
chama poria gasolina.
Uma luz
apenas
os braços vencendo
a mata densa.
Houvesse segurança
inventaria uma
crise bela ficção.
Crise verdadeira,
a tristeza consola
até o tempo
dos poetas curar a ferida.
Houvesse um
destino, deixaria malas,
recomeçaria
nu trilhando descobertas.
Não há mesmo
pedido de socorro,
a casa
ainda não trincou
a
tempestade é de verdade
e ninguém
se machucou.
Engraçado
ter medo do que ainda não veio,
pressentimentos
são perigosos mais que cascavel.
Levanta da
cama, chama a letra profissional
e também a de
harmonia –
o dia
começa, azeita a peça enferrujada.
Paciência,
moço...
ainda tem
gente que espera um sorriso teu
salvando a
paz às mesas dos ateus.
Esperança minha
é negar a prece
a pressa e
a pressão.
Mesmo que
por enquanto siga no marasmo,
não deixo
rastro de fraqueza
nem entrego
meu destino
à onipresente
solução.
CRiga.
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