quinta-feira, 26 de janeiro de 2017

“Vamo que vamo...”


Desculpe eu não tenho a energia
de acompanhar mais as terras arraigadas
prometidas
destes velhos discursos de início
dos montes das bens-aventuranças.

Este filme eu já vi, esta vontade de fazer,
de mostrar, de sentir-se anjo de um deus,
que sabe tudo antes da criação.

Desculpe o bafo no teu vidro,
aqui a respiração é realista.
Vejo que logo você verá o sol nascer
do mesmo jeito que ontem ele nasceu.

Este teu novo dia eu já acordei,
arrastei as mil pedras para ver Lázaro voltar.

Eu já vi esta insana necessidade de provar,
de sorrir fingindo se importar.

Desculpe a saída pela porta de emergência
minha ânsia é correr correr correr...
Agora é só a tua ladeira aguda e repetida
que por enquanto me impede de voar.

CRiga.


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