Dizem que falar sobre os
próprios monstros que corroem a alma acalma o espírito, desacelera o coração de
compasso amargo, crava aos poucos o punhal mágico da sonolência no Godzilla de
hoje em dia – ele arranha com suas garras pegajosas por dentro do corpo que
precisa continuar numa nova luta que a gente mal sabe qual é.
Dizem que o luto é relativo. Alguém morre sem ter dito algo importante, outro deixa carta e sela destinos – pronto, não há por que duvidar, não há por que parar para pensar. Mas o morto puxa suas pernas por madrugadas e naqueles dias do sol que gargalha da sua cara, a vida continua, meu velho, o mundo não vai parar de girar por causa do teu umbigo molhado.
Dizem que o luto é relativo. Alguém morre sem ter dito algo importante, outro deixa carta e sela destinos – pronto, não há por que duvidar, não há por que parar para pensar. Mas o morto puxa suas pernas por madrugadas e naqueles dias do sol que gargalha da sua cara, a vida continua, meu velho, o mundo não vai parar de girar por causa do teu umbigo molhado.
Dizem que quando te matam
e te deixam vivo, os vivos do lado de lá não explicam se é bala ou espoleta, e a
você só resta acreditar que ainda vale pelo menos um vintém. Alguém te mata
depois do jantar, depois até da sobremesa, e abandona teu corpo na chuva
esquisita da indiferença. Difícil crer, difícil falar, mas não resta muito a
não ser alugar nem que seja a folha em branco de um caderno que não quer se
manchar com tuas mazelas.
Dizem que morrer pode ser bom.
Dizem que renascer é muito melhor.
CRiga.
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