Até
que se desgarrem agora
meus
molhados pés do chão
a
chuva me trata feito parente
trata
de chorar por mim.
Me
molha
me
olha com pena.
Não
tem lá muita certeza
se
tudo vai se acertar
quando
o tempo enfim estiar.
Eu
não tinha os pés no chão...
Deixei
de caminhar construindo
asfalto
pra um dia continuar.
Estou
perdido nesta cidade
pedindo
surdo socorro aos trovões.
A
chuva castiga é o morro,
eu
não tenho do que reclamar.
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