O trem no subúrbio passa implacável
Como um monstro de aço.
Estremece feito terremoto
As casinhas de papel.
Sacode os frágeis tapumes
Em forma de abrigos
Da favela fantasma.
Mas a arquitetura improvisada
Arte eternamente sem dinheiro
Não cai.
Imponente (do seu jeito) joga nas caras
A sofrida sobrevivência.
Porque a pobreza é assim:
Enquanto não descarrila o trem
Pra dentro da favela fantasma,
Tudo é
Cotidianamente
Apenas transparente.
CRiga.
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