Garimpo sorrisos sobre a rocha lisa do desencanto
Porque meu coração de pedra só aprendeu a ser só.
Ensino o nó do marinheiro mais antigo do cais
E no mais
Sou o som da gaita solitária ao pôr do sol.
Nas esquinas assovio um samba esquecido.
Mas a fogueira densa no tambor do frio do inverno
Também me lembra um velho e triste blues.
O cheiro do asfalto molhado.
O som do pneu contra a chuva.
Eu sempre amei
Como o último amante noturno da cidade que dorme.
Havia luzes refletindo um neon de esperança etílica
Uma avenida cheia de carros que nunca me levariam
A lugar algum.
Era o fim da avenida da minha vida
E eu quebrei a última esquina.
Foi quando ali havia você de batom vermelho
Me sorrindo, me esperando
Abrindo caminhos, memórias e sensações.
Uma alameda de flores e primaveras
E uma perfeita chuva fina
De eternos amores imperfeitos.
CRiga.
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