segunda-feira, 5 de agosto de 2024

Um brinde a quem caminha!

 


Há caminhos, caminhante,
Trilhas, atalhos, avenidas.

Há vidas que se cruzam, encruzilhadas,
A dúvida no passo também é normal.

Há o mal, e ao lado não o bem:
Há ali você também
Mãos dadas ou num adeus.

Há mágoa e um rio doce,
Deixe a água pura te embriagar,
Te curar, todo dia é um novo batismo.

Há remédios e receitas de bolo,
Bulas, mapas, livros de poesia
E alguns manuais de pra te autoajudar.

Há máquinas que não param de trabalhar,
Trabalhadores que não param de maquinar –
Como sair, como amar nesse turbilhão?

Há dívidas que a gente paga de coração
Há outras que não aceitam nosso perdão.

Há no fim do arco-íris uma sexta-feira de sol,
Uma flauta doce, um Ravel e um rock and roll.

Há uma mesa reservada, a bebida é gelada,
É inverno, mas a sede de viver
Nos arrasta até a madrugada.

E há no fim um novo começo,
Tropeço, joelho ralado, um lado que dói.

Mas há caminhos, caminhante,
Trilhas e atalhos como antes!

CRiga.




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