terça-feira, 16 de abril de 2024

De volta

 


Eu estive longe longe, ilusão
Vagando sobre uma pétala de dente-de-leão.

Caí feito última chuva, em cheio,
Era cheia destruindo os móveis
De um outono coração.

Virei semente incerta do embrião.
Por enquanto a terra é úmida e me abraça
Numa prece ao que resta de um sol de verão.

Não me entregue a boiar no ar sem direção,
Tomara que ela olhe, note o azul sem malícia que não trai.

Eu só preciso de mãos dadas no passeio da calçada
E um caminho novo pra chamar de meu.

CRiga.




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