quarta-feira, 27 de maio de 2020

Os noturnos


Os noturnos sabem bem
onde apertam todos os calos.

Alguns
simplesmente se calam.
Outros falam. E falam!
Ensaiando teorias.

Mas na madrugada serena
quase na primeira fornada de pão
sempre pedem perdão.

E com a mão acesa
incerta seta apontada no infinito,
também pedem sem maldade
a santa saideira da saudade.

Para Carlão

CRiga.


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