quinta-feira, 10 de maio de 2018

Viver não é ter (de saída)



Mas há de se dar graças sim pelos pés
que você ainda tem pra caminhar.
Portanto deixe seus melhores rastros,
assim você nunca vai se perder.
De quebra, leva consigo os bons.

Saber que você não viu o filme inteiro.
Dê graças sim pelos olhos que passeiam
dando signo às cores encrustadas
nas pedras no caminho, valiosas.

Pegar pela garganta o leão feroz
ou simplesmente acariciar a velha juba,
tá bem, eu não quero mais brigar.
Dêmos graças à paz da experiência.

É faro, não se engane com o perfume.
Há mulheres cuja graça tem a pele
dos poros da verdade,
e não há franceses que façam diferente.

Pode ser comer caco de vidro
diamante sofrido ou copo americano.
Importante é engolir com a alma do garimpeiro
que agradece a pepita do dia,
não com o desespero do alcoólatra no bar.  

Viver não é ter.
É saber deixar de lado, conceder,
cada um tem sua verdade na vida.
Mas quase sempre só é preciso
estar de saída, apenas agradecer.

CRiga.



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