Dona Dalva,
minha professora de português.
Falava também francês!
Estrela de blush e batom sem brilho
de um lindo e amarelo Fiat 147.
Ofereceu carona
a adolescentes encharcados pela chuva
a caminho da escola.
“Por que não veio no dia da prova?”
Porque quis perder a hora
brincando com minha irmã...
“Pois então sente aqui,
faça essa prova agora por mim.”
Fiz dez, que beleza!
Dona Dalva sorria fonemas
de amor à Língua Portuguesa.
CRiga.
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