Ninguém se prepara
pra hora de
ir embora.
A gente evita
o relógio,
engana o ponteiro
na quina da
esquina.
A gente traz
o móvel de discos
pra ele ficar
feliz
de um dia poder mudar de lugar.
E eu vou
dizendo adeus, adeus
sobre o
balcão que me restou.
Olha ali minha
foto em preto e branco –
é este aí que
um dia eu fui.
Olha ali os discos que ouvi com quatro ouvidos!
Ouve ali eu dizendo adeus, amores, adeus!...
Sorrindo dores, rimas e desculpas:
agora é tarde,
o perdão não mora mais aqui.
CRiga.
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