Via
que Soraia te ajudava a caminhar. Seminu, havia a anunciação de uma
aposentadoria e também um sorriso de alegria, você voltaria a desenhar para os
seus engenheiros! Casa pequena, dorzinha
melancólica, mas uma esperança linda de resgatar talentos no AutoCAD.
Depois
te encontramos na praça, mão direita dada ao pequeno Yan e teus olhos grandes
de uns óculos fundo de garrafa pós problema de saúde. E eu abracei, chorei na
tua velha blusa de lã a felicidade de você ter se curado de não sei o quê!
Tantas
coisas acontecem na nossa vida, assim, sem explicação. Assim como dois dias
seguidos de sonhos com o mesmo amigo-irmão. E uma pontinha de culpa porque a
distância é a gente que faz...
Acho
na verdade que todos nós somos estagiários nessa vida. A gente começa
estagiário, vira dono de um castelinho lindo de areia, volta pro bar do calçadão
e se embriaga na cerveja fresca. Gasta todas as tintas em cadernos azuis e botamos
herdeiros no mundo – daí uma bicicleta atropela a gente na ciclovia porque não
lemos a placa estampada de simplicidade.
Há
sete estrelas dissipadas no horizonte. Discretas, estrelam suas constelações.
De vez em quando, uma candente vai parar no quintal dos sonhos da outra. E é aí
que a gente acorda no meio da noite querendo dizer coisas que nem a gente sabe,
porque a linguagem é cósmica demais para a vida pouca que vivemos até aqui.
Sejamos,
então, eternos estagiários! Melhor aprender de novo o novo, porque de velhos
bastam os conselhos que a gente insiste dar pros filhos, e pra gente mesmo no meio
da madrugada insone.
Melhor
mesmo é beber com amigos nas estrelas. É o jeito que a gente tem pra dizer que
ama alguém!
Para
o meu grande amigo Marcelo Gomes Cardoso Tchubi
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirSensacional, mano!
ResponderExcluirQue esse sonho seja a profecia de um breve reencontro. Abração
Isso aí! Abraço, meu caro!
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