O piso
mármore do inevitável mausoléu
quer
apresentar-me mais um deus.
Uma provação,
uma oração.
Provocação –
baixe a
cabeça, cordeiro,
só quem tem
cruz no peito
é que tem
jeito pra chegar aqui.
O caminho que
busco dali
é porque não
quero chegar a lugar algum -
este, escrito
linhas de um livro humano
que já matou
quem não quis ler.
Caminho meu é
porta dos fundos,
saída de
emergência.
Não preciso
das auréolas de liquidação
brilhando luz
de led na escadaria principal.
Que falta
fazem os pés no chão,
as mãos
agarradas aos problemas
pra quem só
pede solução.
Que falta
fazem os deuses do Olimpo
muito mais
lindos que os feios hebreus.
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