Amores.
Dissabores.
Uma cicatriz
que não diz –
grita!
Eu tenho pouco
tempo
me sangra
me estanca.
A pedra bruta
no caminho
é muito cara,
meu poeta...
Há um palco
de atores que falham
falam dissabores
tentam arrancar
amores.
Mas a terra é
seca e eu sou o sol ardente
e a falta de
chuva também.
Recorro a uma
esquina, covardia.
Não existem
amores perfeitos –
são mais
espinhos que a rosa.
Eu morro a
cada tarde, a cada dia.
Há dissabores
que têm sabor –
são vermelhos
morangos demais amargos.
Depois de
muito tempo eu quis escrever uma poesia.
Ela me soou
enjoada, sóbria demais.
Um dia acerto
o passo, recompasso, reconto estrelas.
Invento palavras
que rimem com qualquer lugar.
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