quarta-feira, 20 de junho de 2018

Procuro qualquer rima


Amores.
Dissabores.

Uma cicatriz que não diz –
grita!

Eu tenho pouco tempo
me sangra
me estanca.

A pedra bruta no caminho
é muito cara, meu poeta...

Há um palco de atores que falham
falam dissabores
tentam arrancar amores.

Mas a terra é seca e eu sou o sol ardente
e a falta de chuva também.

Recorro a uma esquina, covardia.
Não existem amores perfeitos –
são mais espinhos que a rosa.

Eu morro a cada tarde, a cada dia.
Há dissabores que têm sabor –  
são vermelhos morangos demais amargos.

Depois de muito tempo eu quis escrever uma poesia.
Ela me soou enjoada, sóbria demais.
Um dia acerto o passo, recompasso, reconto estrelas.
Invento palavras que rimem com qualquer lugar.

CRiga.

Nenhum comentário:

Postar um comentário