Não consegue mais rugir. É uma leoa cansada.
Lutou muito
na selva. Não tem cadeira de balanço.
Deixava a
casa desarrumada.
Não me lembro
de muito amor.
No começo corria corredores dos ônibus,
tudo limpo, trazia pra casa o pó do mundo.
Depois de
novo subia andares,
guiando novos
elevadores –
pra vida não
tem mesmo guia de bolso.
Cansou. É uma
leoa deitada sobre a relva.
Não tem cadeira
de balanço mas tem um xale.
Não tinha tempo
nem de se arrumar, um rouge.
Um dia eu
acordei com ela me botando os sapatos,
peguei no
sono antes da escola, ela não brigou.
Acho que isso
é amor.
Para Ermina, minha mãe.
Para Ermina, minha mãe.
Que lindo, querido irmão! Nossa mãe merece!
ResponderExcluirQue lindo, querido irmão! Nossa mãe merece!
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