Triste é a nação que implora notas azuis dos “professores”
destas tais agências de investimento. Triste submeter-se refém a esta coisa
imaterial do especulation – o falso inglês ajuda a fazer acreditar que
isso de fato vai mudar a vida de todo mundo.
Triste ver que o retrato do Brasil de hoje é Lindbergh
Farias sorrindo ao lado de Collor – pior, sabendo que o “líder cara-pintada”
também está metido na lama da corrupção.
Triste ver gente implorando pela ajuda do governo nas
agências em greve do nascido-falido INSS – ou você acha que três meses sem
pagar benefícios também não é lucro pro governo depois fazer política e brincar
de novo com a vida das pessoas?
Brincar com a vida das pessoas... Quanta gente desempregada
porque a ganância pelo poder em tempo de voto escondeu a crise e adiou os
“ajustes”. Bem da verdade, até esta “oposição” que denuncia a brincadeira – cá
pra nóis! – faria a mesma coisa. Afinal, o poder dá esquemas muito mais
interessantes.
Por isso que não leio artigo de jornal escrito por político.
Carregado, cheio de argumentos que enchem o peito de qualquer um que não esteja
no poder. Mas que carregam em si a vontade verdadeira de estar sendo criticado
– mas na cadeira principal, colhendo os “trocos” dos mesmos esquemas.
Triste ver que usam sempre a palavra “democracia” contra a
palavra “golpe”, como se na primeira conseguíssemos enxergar a resolução dessa
patifaria de brincadeiras. No golpe também não se enxerga positividade. Mas
como não desejar a morte dessa gente mofada que mente, desvia, esconde,
corrompe, ostenta... enriquece?
Como não aprovar o ato do cliente da Nextel que destruiu a
fachada de uma loja no Rio, porque não conseguia cancelar a porra do seu plano?
Como não sorrir de cantinho quando, no interior de Rondônia,
300 param uma viatura, tiram o estuprador de lá e o matam a pauladas e
pedradas? – ele violentou uma menina de 9 anos e matou a facada o irmãozinho de
seis anos que tentou defendê-la.
Mais triste de tudo é não ter alguém ou algo em que
acreditar. É daí que nascem as manifestações da “justiça” popular.
E é triste querer que essa mesma justiça dê jeito nos
caras-de-pau. Triste, porque voto, por enquanto, não é arma nenhuma da
democracia de um Brasil perdido e melancólico.
Até protestar é algo que se deve tomar cuidado hoje em dia
pra não se manchar – a tal oposição abraçou o dia 16 de agosto, tomando para si
a missão de “convocar o povo às ruas” – ora, ora, vão à merda, cambada de gente
oportunista!
Não ao golpe. Não à violência. Mas “sim” a quê?
CRiga
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