quarta-feira, 26 de agosto de 2015

Melhor era a TV Pirata!



Não se faz mais telejornal como antes.

Os telejornais, principalmente os matutinos, estão muito chatos. Na “moda” de tentar descontrair a sisudez dos apresentadores, sob o pretexto de atrair a tal Geração Z (outra idiotice sem tamanho!), força-se uma barra tremenda. Gente sem o menor cacoete pra sorrir e “brincar seriamente” (já que estão em telejornais) no ar passam papel de ridículo frente os telespectadores.

Ou você acha que o Rodrigo Bocardi é esse cara legalzão que pinta no Bom Dia São Paulo e Bom Dia Brasil? Continua engessado, e força demais os comentários “descontraídos”. Quando critica, perde as estribeiras e fica feio. De tanto pegar no pé de Barueri (“mais uma vez Barueri...”, ele começa assim), por exemplo, chegou a soltar um “ô Prefeitura de Barueri, ajuda o pessoal aí” numa notícia que se referia a Carapicuíba, ao lado de Maria Júlia Coutinho "Maju". Eu assisti a isso ao vivo, ninguém me contou.

Glória Vanick parece já estar treinando pra conversar com o bebê que está esperando – ridículo assistir a ela dando boletim de trânsito com vozinha de menina chata. Mais ridículo quando ambos ficam apostando: “Ah, Glória, acho que já passou dos 500 km de congestionamento na cidade”, ao que a quase mamãe responde já maternalmente: “vamu vê então o índici de congestionamento, vamu?”.

Todos na fogueira? Não. Monalisa Perrone tem a descontração e o profissionalismo nas medidas certas, e não parece forçar a amizade.

César Tralli, apesar da carinha de burguês que nunca será seu amigo (apesar de sua forçada descontração querer vender que é), é muito bom âncora e não perde as estribeiras nas críticas, são proporcionais à seriedade do assunto. Péssimo é incluir na grade do SPTV 1ª edição essa porcaria de “geração selfie” – sinceramente, você quer mesmo saber o que o adolescente ou jovem tem “filmado” com seu celular em qualquer canto da cidade? Ora, ora, que idiotice de “noticiário”!!!

Voltando às manhãs. Quando acaba o Bom Dia Brasil, vou ao Café com Jornal. Sofrível, apesar do Megalli, e ruim com a Laura Ferreira. Há bom noticiário, mas a fórmula original ficou ruim: muita mescla com revista de fofoca e comportamento –  quase vira de “Café com Jornal” para “Café com Bobagem”. A Globo, pelo menos, tem programas especiais para isso, não enfia essas coisas nos telejornais – afinal, se você liga sua tevê num telejornal, quer ver notícia, não é?

Pior é quando o Café com Jornal enfia jabá da Band no meio. Coisa mais irritante é querer assistir a notícias e os caras forçando a barra mostrando a noite anterior do Master Chef! Que jabá mais pobre e podre! Ridículo incluir isso (e estreia de novela de 5ª categoria) em um dito telejornal! Parece coisa de amador, coisa de quem está começando agora.

Pode até parecer crítica de alguém (como é que as “celebridades” dizem mesmo)?... ah, recalcado –  é o termo da moda para justificar suas próprias incapacidades de lidar com o ridículo e o imoral (este, no caso dos ostentadores). Mas não é. É crítica de jornalista para jornalista.

Ninguém está pedindo que engessem novamente os telejornais. Mas, colega, não force a amizade!...


CRiga



Um comentário:

  1. O nome do blog já é ótimo. E nosso querido Caio Fernando de Abreu, tão cuidadoso com as palavras, iria adorar. Não conheço a metade dos cidadãos citados, mas os comentários são tão interessantes que agora quero saber só pra conferir. Cê colocou os caboclos no liquidificador e ligou na velocidade máxima. No mais, cê sabe: sou teu fã.

    Marcos Vicente

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