A entrega acaba
na morte dos sentidos.
A carne que ferve queima miolos.
Um sorriso de canto, “com licença”.
O perfume tão vivo que te encrusta,
te cimenta no banco duro da solidão.
Calafrios nas ligações elétricas.
Na pele tapete de veludo
brotam doces carocinhos,
braile de explorar
o trigal esvoaçante.
Fogo na terra, raiz que não sossega!
Brota oceano salivando a fruta
que brilha vermelha, úmida,
distraída exposta na fruteira.
Não, mantenha oca a santidade...
Melhor viver assim pela metade
afogado em si em tanto sal de mar.
CRiga.